O olhar da inocência

1° Capítulo - A infância de Ana

1° Capítulo - A infância de Ana

 

— Como seu cabelo esta grande Maria.

 — O seu também... Com o cuidado e carinho que mamãe trata dos nossos cabelos.

— Ai, Maria, fico tão triste ao olhar para nossa mãe, e vê-la assim tão pálida. Ela parece estar doente.

— Credo Ana! Para com isso... Mamãe está bem.

— É que não gosto de vê-la assim, ela sempre foi tão alegre e ultimamente anda meio triste.

— Ah! Para! Vamos mudar de assunto... Vamos chamar nossas primas para brincar de roda?

— Vamos!

E assim foram reunir as meninas para brincar, sobre a luz do luar.

As folhas das árvores brilhavam, o vento suave e quente batia nos longos cabelos de Ana, uma alegria tão grande irradiava no seu rosto da menina e ela pensava: “— Como seria bom se pudesse durar a vida toda este momento.”

Depois de brincarem muito, as primas foram embora.

Ana e sua irmã, suadas, entraram em casa e foram direto tomar banho. O banheiro era um pequeno espaço dentro de casa, sem chuveiro. Na época nem se ouvia falar. E com uma vasilha cheia de água morna, lá vinha a mãe ajudar as meninas no banho. Tinha ela o aspecto um pouco abatido; parecia cansada e isso deixava Ana preocupada, talvez por ser muito apegada a mãe. Seria só impressão ou algo não estava bem com sua mãe?

— Ana, vamos lavar bem seus cabelos. A mamãe fez banho de ervas para dar brilho e ajudar no crescimento.

— Obrigado, mamãe, por ser tão boa e cuidar tão bem do meu cabelo.

A mãe simplesmente sorriu.

O dia passou. Um lindo dia vinha raiando.

— Ana acorda, acorda! — chamou Maria, acordando Ana. — Vamos ver o papai tirar o leite!

E assim começava o dia de Ana, em meio ao cantar de pássaros, o berro das vacas e o cocoricó das galinhas.

 Com muita alegria pulava da cama e junto com a irmã, iam para o curral tomar leite. Isso tudo era motivo de felicidade. Mas mal sabia Ana que esta felicidade tinha os dias contados.

O dia foi cheio.

Depois do banho, a alegria de poder comer o jantar que a mãe havia preparado com carinho. Após o jantar sentavam-se todos na varanda para apreciar o luar; o pai ao lado da mãe, Ana e Maria olhavam atentamente a lua a refletir seu brilho em cima das folhas de bananeira. Momentos assim que Ana desejava que durassem para sempre. Depois de um dia cheio de emoções, finalmente ia dormir e sonhar... O SONHO DA INOCÊNCIA…

 

Uma forte chuva brindava o começo de um novo dia. O galo cantava lá fora, o cheiro do café entrando pelo quarto adentro.

“— Como era bom acordar com o cheirinho do café da mamãe.” — pensava Ana espreguiçando. Levantou-se e foi correndo ao encontro da mãe, que terminava de preparar o café, beijou-lhe o rosto e, mais uma vez a preocupação tomou conta de si.

— Mamãe por que está tão pálida? Parece estar doente! — indagou.

— Não é nada meu anjo, a mamãe está bem.

Mesmo com a resposta da sua mãe, Ana não conseguia acreditar que tudo estivesse bem.

Tomaram o café da manhã com muita alegria, curtindo aquele momento. Enquanto isso, lá fora a natureza parecia estar chorando. Ana observava atenta pela janela, a chuva caindo fortemente sobre as folhas, tudo em sintonia. Aquelas imagens com certeza, ficariam para sempre gravadas em sua memória!

As horas iam passando. O dia continuava bastante chuvoso. Ana e a irmã aproveitavam para brincar com suas bonecas, já que não sair. Mas já começavam a sentir o aroma do tempero posto na comida que a mãe preparava para o almoço.

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